Um senhor experiente, ao ver um jovem bem sucedido profissionalmente se vangloriava por tudo quanto recebia de benesses, chamou o jovem de lado e lhe disse: se permite me vejo na obrigação de te alertar.
Jovem, tudo que você tem recebido de cortesias, elogios, badalações, puxa-saquismo, não lhe pertencem, pertence à posição que você ocupa no campo profissional e posição social, isso vale para grandes empreendedores, altos executivos, políticos, especialmente no auge da carreira ou dos negócios.
Como resultado um caminhão de vaidade, senão veja: Chamam-lhe de doutor (todos passam a ser doutor), deixa que eu leve sua mala doutor, doutor aguarde no lobby do hotel (cinco estrelas), pois o carro esta a caminho, doutor sua passagem esta adquirida (infelizmente na classe executiva, pois, não consegui assento na primeira classe), doutor pego o senhor no hotel as 20h00 para o jantar (com direito a cardápio variado e carta de vinho), doutor o senhor aceita um cafezinho (servido com esmero requinte).
Pois bem, em época de vacas magras (os negócios não estão indo tão bem, perdeu o emprego, não foi eleito), você passa a ser simplesmente mais um na multidão.
Aqueles que lhe cortejavam, um a um vão se afastando, ligações atendidas de forma cada vez mais escassa, ao se cruzarem no máximo um “olá”, “tudo bem”, “há quanto tempo”, e logo emendam: “desculpe-me, estou em um tremendo corre, corre” ou “estou atrasado para um compromisso”.
Ao escrever este artigo procuro passar a você jovem ou não tão jovem, bem sucedido, “Parabéns, porem, cuidado não se empolgue exageradamente com tudo quanto esta acontecendo ao seu redor, procure ser humilde, cultive amizades sinceras, verdadeiras, dentro e fora do ambiente profissional, se principalmente se prepare emocionalmente para os momentos de dificuldade (vacas magras), pois, acredite salvo meia dúzia de exceções, nada é perene em nossa vida”.
Franzzola (17/02/20)
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